É cada vez mais comum encontrar pessoas acima do peso. Para alguns, a preocupação com a saúde é mínima e pode trazer consequências irreversíveis. Atualmente, a obesidade se tornou uma verdadeira epidemia mundial, afetando um em cada três indivíduos no mundo, segundo uma pesquisa da OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, aproximadamente 18 milhões de pessoas apresentam índices corporais indicativos de obesidade.
O que é ainda mais alarmante é que o acúmulo excessivo de gordura corporal desencadeia uma série de problemas de saúde que poderiam ser evitados. Essas doenças relacionadas ao excesso de peso são conhecidas como comorbidades. As comorbidades relacionadas à obesidade são graves e podem ter consequências fatais para a saúde. Neste artigo, apresentaremos todas as informações necessárias sobre esse assunto. Não deixe de conferir!
Conheça 6 doenças relacionadas à obesidade!
Hipertensão
A hipertensão, caracterizada pelo aumento da pressão nos vasos sanguíneos, é uma condição que afeta muitas pessoas com excesso de peso. Esse problema é frequentemente causado pelo consumo elevado de alimentos ricos em sódio e gorduras saturadas. Além disso, a falta de atividade física regular e o sedentarismo contribuem para a compressão dos vasos sanguíneos, agravando ainda mais o quadro. O perigo da hipertensão reside em seu caráter silencioso, pois seus sintomas nem sempre são evidentes, podendo levar a complicações cardiovasculares graves, como ataques cardíacos e derrames cerebrais (AVCs).
Diabetes
A diabetes é uma doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Pode ser resultado de problemas na secreção de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. Indivíduos com excesso de peso têm maior propensão a desenvolver o diabetes tipo 2, que não é de origem genética, devido à desregulação da produção de insulina. Estudos comprovam que uma dieta saudável, a prática regular de exercícios físicos e a perda de peso podem ajudar a controlar ou até mesmo prevenir o diabetes tipo 2.
Colesterol alto
Indivíduos com excesso de peso ou obesidade tendem a ter uma alimentação inadequada e praticar insuficiente atividade física, resultando em um aumento do colesterol total, elevando o risco de obstrução das veias e artérias, bem como o risco de infartos e derrames. Essa situação muitas vezes é assintomática, tornando o diagnóstico difícil sem um acompanhamento médico adequado.
Hipertrofia Ventricular
A hipertrofia ventricular ocorre quando o músculo cardíaco aumenta significativamente de tamanho, o que pode resultar em parada cardíaca súbita. Geralmente, essa condição não apresenta sintomas prévios. Pessoas obesas têm maior propensão a desenvolver essa doença, uma vez que o coração precisa trabalhar mais do que o necessário para sustentar o volume e a estrutura corporal. Embora haja tratamento medicamentoso disponível, é fundamental investigar os hábitos que estão contribuindo para o problema. Quando a obesidade é identificada como fator de risco, dietas e exercícios podem ajudar a amenizar o quadro.
Doenças respiratórias
Apneia do sono e asma são duas doenças respiratórias relacionadas à obesidade. A apneia do sono ocorre devido ao acúmulo excessivo de gordura nas áreas do pescoço e do tronco, dificultando a respiração e pode levar ao fechamento repentino da faringe, causando paradas respiratórias involuntárias durante o sono.
A asma, por sua vez, é uma doença respiratória que causa o estreitamento dos bronquíolos e dificuldade na respiração. Embora suas causas não sejam totalmente conhecidas, há indícios de uma possível relação com a obesidade. Estudos sugerem que substâncias inflamatórias produzidas pelo tecido adiposo, juntamente com altos níveis de colesterol, aumentam a incidência de asma em pacientes com sobrepeso.
Câncer
Pesquisas recentes estabelecem uma relação entre obesidade e diversos tipos de câncer, como câncer de intestino grosso, mama, endométrio, rins e adenocarcinoma de esôfago. A obesidade é uma condição considerada “inflamatória”, na qual diversos mediadores bioquímicos são liberados na corrente sanguínea, promovendo a proliferação celular e predispondo ao câncer.
Embora o mecanismo exato não esteja completamente compreendido, acredita-se que o aumento do risco de certos tipos de câncer, como mama, endométrio e intestino grosso em indivíduos obesos, tenha relação com alterações hormonais comuns em pacientes acima do peso, como flutuações nos níveis de estrogênio, progesterona e androgênios, além de alterações nos níveis e fatores de crescimento relacionados à insulina.
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