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É coincidência que as maiores potências econômicas do mundo são líderes em pesquisa clínica?

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E se nós te disséssemos que oito dos dez países com maior participação em pesquisas clínicas em 2018 estiveram entre as dez principais economias do mundo em 2020?

Estados Unidos, China, Reino Unido, Alemanha, França, Canadá, Japão e Coreia do Sul figuram nas duas listas como protagonistas e isso não é por acaso. Diversos fatores explicam o fenômeno e é possível dizer que todos estão relacionados em um setor em específico: o da saúde.

Um território que tem uma estrutura bem planejada em torno da área de estudos clínicos, além de melhorar as condições do sistema de saúde com mais tratamentos disponíveis à população e novas tecnologias no combate de doenças, vai levantar um interesse direto de investidores que querem injetar capital.

Usemos os Estados Unidos, responsável pelo maior número de estudos em 2018 (4.007) e dono da maior economia do globo terrestre, como exemplo. Se considerarmos o gasto médio por estudo clínico de US$ 2 milhões (valor calculado com base nos números divulgados pelo Citeline), apenas em 2018, foram mais de US$ 8 bilhões investidos.

Muito do sucesso da Pesquisa Clínica nos Estados Unidos está pelo interesse da indústria farmacêutica em financiar estudos deste tipo, sendo o país o que mais movimenta dinheiro neste setor. Porém, a pergunta que nos fazemos é: o Brasil pode chegar lá?

Sim, mas é preciso mudar! Na última década, estivemos muito aquém do potencial real que temos. Fomos apenas coadjuvantes com o 24º lugar no ranking da Pesquisa Clínica em 2018. Neste período, o Brasil foi ultrapassado por países de menor PIB, população e mercado farmacêutico, incluindo Dinamarca, Egito, Hungria, Irã, Israel, República Tcheca e Taiwan.

E é fato que no fim de 2020 também saímos do ranking das 10 melhores economias do mundo.

Tudo isso em contraste com o sucesso do mercado farmacêutico do país, considerado o sexto maior do mundo. Dados da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) apontam que em 2018 o faturamento do setor foi maior que R$ 76 bilhões. Ou seja, interesse e capital existem!

Inovação é o principal impulsionador da indústria farmacêutica, que busca produtos que transformam o mundo e podem impactar sim a economia de um território. Para chegarmos lá na Pesquisa Clínica é preciso uma maior conscientização dos benefícios dela para o ecossistema brasileiro, além de um processo regulatório que funcione de maneira a acelerar o crescimento do setor!

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