Blog

Brasileiros com esclerose múltipla precisam de novos tratamentos no SUS!

COMPARTILHE:

A falta de medicamentos e tratamentos para Esclerose Múltipla é uma realidade difícil para os brasileiros que dependem do SUS para seus tratamentos.

A esclerose múltipla é uma doença crônica que afeta o sistema nervoso central e pode causar diversos sintomas, como fraqueza muscular, perda de equilíbrio, visão turva, entre outros. No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas convivam com essa condição, sendo que seu tratamento deve ser individualizado, levando em consideração o nível de atividade da doença.

Desafios no acesso aos tratamentos

Embora existam tratamentos disponíveis para a esclerose múltipla, muitos brasileiros enfrentam dificuldades para ter acesso a eles. Isso porque alguns medicamentos são extremamente caros e não estão disponíveis na rede pública de saúde.

Recusa da Conitec em adotar novas terapias

Recentemente, houve uma notícia negativa nesse contexto, com a recusa da Conitec – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – em adotar novas terapias mais modernas para a Esclerose Múltipla (EM) no sistema público de saúde. Uma dessas terapias é a cladribina oral, a primeira medicação oral para um dos tipos mais graves da doença, conhecido como EM altamente ativa. Embora existam opções de tratamento para esse grupo de pacientes, é necessário oferecer mais alternativas para atender às necessidades específicas e proporcionar o melhor caminho para cada indivíduo em um país tão vasto como o Brasil.

Logística e custos de deslocamento

Dados do DATASUS revelam que 43% dos brasileiros com EM precisam viajar mensalmente para obter sua medicação e realizar os tratamentos. No estado do Rio Grande do Sul, essa porcentagem é ainda maior, chegando a 54% das pessoas que mensalmente precisam enfrentar a logística e os custos de se deslocarem para outra cidade apenas para receber a infusão.

Evidências e sucesso da terapia oral com cladribina

A terapia oral com cladribina é empregada nos serviços de saúde pública de várias nações, como o Reino Unido, Canadá, Irlanda e Austrália. Há evidências de bons resultados desse tratamento em conferências internacionais, publicações científicas e até mesmo no cotidiano, onde se constata sua eficácia em controlar a doença por um período mínimo de quatro anos.

Diante dos desafios enfrentados pelos pacientes com esclerose múltipla no Brasil, a pesquisa clínica desempenha um papel fundamental na busca por tratamentos mais eficazes e acessíveis. É por meio da pesquisa que novas terapias são desenvolvidas e aprimoradas, permitindo que os pacientes tenham mais opções de tratamento e melhores resultados. O governo e os órgãos reguladores devem garantir que essas pesquisas sejam incentivadas e financiadas, para que os pacientes brasileiros possam ter acesso às melhores opções de tratamento disponíveis, independentemente de sua condição financeira ou local de residência.

O CEMEC é um centro de pesquisa clínica comprometido com o avanço da medicina por meio do estudo de novos medicamentos e tratamentos para diversas doenças, buscando melhorar a qualidade de vida de inúmeras pessoas todos os dias.

Acesse o nosso site, confira os estudos em aberto e se torne um voluntário em pesquisa clínica.

Não deixe de acompanhar nossas redes sociais e ficar por dentro de tudo que acontece no mercado da pesquisa clínica.

Pesquisa:

Compartilhe:

WhatsApp chat