A esclerose múltipla (EM) é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, principalmente na população mais jovem. No entanto, ela ainda gera muitas dúvidas na cabeça das pessoas, não apenas pelo seu mecanismo complexo, como também pela falta de informação em torno do assunto. E essa desinformação pode levar ao preconceito e a dificuldade do diagnóstico precoce, tão importante para que a mesma não se agrave!
Pensando nisso, confira 5 fatos que você precisa saber sobre a esclerose múltipla!
A esclerose múltipla é causada por uma multiplicidade de fatores.
Sabe-se que na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca a bainha de mielina, a camada protetora dos nervos, atingindo principalmente o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal.
As causas exatas desta doença ainda não são tão claras, entretanto, já existe uma relação da doença com diversos fatores, como a predisposição genética combinada a fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos” para o seu desenvolvimento. Alguns dos principais gatilhos são as infecções virais (vírus Epstein-Barr), exposição ao sol insuficiente, exposição a solventes orgânicos, tabagismo e a obesidade.
Os seus sintomas podem variar amplamente.
Cada paciente tem seus próprios sintomas, que irão depender da parte do sistema nervoso afetada, mas os principais são a visão turva, perda de equilíbrio, dormência, fadiga, problemas com a memória, dificuldade de concentração, perda de sensibilidade nos membros inferiores, paralisia, cegueira, entre outros. Além disso, a sintomatologia é inconsistente, já que os sintomas da doença podem aparecer abruptamente e desaparecer repentinamente após um curto período de tempo.
Maior incidência em mulheres
A doença atinge três vezes mais mulheres do que homens. As pesquisas apontam que as diferenças entre os sistemas imunológicos, a influência de certos hormônios, diferenças genéticas e exposições ambientais entre os dois sexos, contribuem para essa maior incidência. Mas sabemos também que nas mulheres a doença tem um curso mais benigno, devido principalmente as altas doses de estrogênios e progesterona, que promoveriam uma resposta mais regulatória do sistema imunológico, tornando-a menos agressiva.
O tratamento melhora muito a qualidade de vida dos pacientes.
A esclerose múltipla é uma doença crônica, o que significa que é de longa duração e não tem cura. Dito isso, é importante saber que, para a grande maioria das pessoas que têm esclerose múltipla, a doença não é fatal.
No entanto, você pode diminuir o número de surtos e aumentar o tempo de remissão. Para isso, existe tanto a terapia medicamentosa quanto os diversos métodos de reabilitação, sendo o principal deles a fisioterapia.
A pessoa com EM não necessariamente vai deixar de conseguir andar.
Pessoas com esclerose múltipla podem sofrer de problemas de mobilidade que as impedem de se movimentar, mas esse é um sintoma que nem todos sofrem. Estima-se que apenas 25% sejam obrigados a usar cadeira de rodas ou dispositivo auxiliar (como bengala ou andador) durante a doença. Existem formas da doença mais benignas e cuja incapacidade não progride, mas outras que, independentemente do tratamento adequado e das formas de reabilitação, podem causar essa incapacidade.
O CEMEC está conduzindo uma pesquisa clínica sobre esclerose múltipla e quer convidar você para fazer parte de novas descobertas. Clique aqui e se inscreva no estudo.