A Doença de Crohn é uma enfermidade intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato digestivo, causando dor abdominal, diarreia, perda de peso, anemia e fadiga. Ainda não se conhece a cura para a doença e, mesmo quando ocorrem períodos de remissão espontânea, as crises podem voltar a afetar seus pacientes.
No entanto, uma notícia recente parece apontar para uma possível cura!
Pesquisadores norte-americanos da Weill Cornell Medicine e da NewYork-Presbyterian afirmaram ter descoberto um “calcanhar de Aquiles” em um tipo de bactéria que causa inflamação intestinal em pacientes com doença de Crohn, o que pode levar a terapias mais direcionadas para a doença.
Um estudo publicado na Cell Host and Microbe mostra que os pacientes com Crohn têm uma superabundância de um tipo de bactéria intestinal chamada Escherichia coli invasiva aderente (AIEC). A pesquisa revelou que um metabólito produzido pela bactéria interage com as células do sistema imunológico no revestimento do intestino, desencadeando uma inflamação. Interferir neste processo, reduzindo o suprimento de alimento da bactéria ou eliminando uma enzima chave no processo, aliviou a inflamação intestinal nos testes iniciais.
A descoberta é muito significante e pode desencadear melhores tratamentos para a Doença de Crohn, que atualmente é responsável pela morte de quatro milhões de pessoas em todo o mundo. Hoje, os tratamentos mais comuns são com antibióticos. Com as pesquisas da Weill Cornell Medicine e da NewYork-Presbyterian pode ser possível encontrar um tratamento promissor e ainda mais efetivo.
As próximas etapas da pesquisa norte-americana vai consistir em testar possíveis tratamentos. E são em momentos como esse que percebemos como a pesquisa clínica é importante para a melhoria nos tratamentos de determinadas doenças e consequentemente para uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
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