Estudos indicam que até 2035 mais da metade da população poderá sofrer com a obesidade, caso os atuais hábitos se mantenham. Confira abaixo os impactos globais de tal estatística.
Nos últimos anos, temos ouvido cada vez mais sobre a crescente taxa de obesidade em todo o mundo. Um novo relatório divulgado pela World Obesity Federation em 2023 mostra que essa tendência não parece estar desacelerando. De acordo com o estudo, metade da população mundial poderá estar acima do peso em 2035, o que é um alerta alarmante.
Para entender melhor a gravidade dessa estatística, é importante saber o que significa estar acima do peso ou obeso. O índice de massa corporal (IMC) é uma medida comum usada para determinar se uma pessoa está em um peso saudável. De acordo com os cálculos, uma pessoa com IMC abaixo de 18,5 é considerada abaixo do peso e valores entre 18,5 e 24,9 são considerados saudáveis, enquanto o IMC entre 25 e 29,9 indica que o indivíduo apresenta sobrepeso, podendo-se estender à condição de obesidade quando os valores passam de 30,0.
O relatório da World Obesity Federation se concentra principalmente na obesidade, que é definida como ter um IMC de 30 ou mais. As consequências de ter uma população tão grande acima do peso são enormes. Se as medidas de prevenção e tratamento não melhorarem, o percentual de pessoas obesas em 2035 provocará um impacto anual de US$ 4,3 trilhões, ou seja, quase 3% do PIB global. Isso é equivalente ao impacto econômico provocado pela pandemia da covid-19 em 2020.
Obesidade no Brasil
Segundo um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) em 4 de março, a obesidade afeta cerca de 6,7 milhões de pessoas no Brasil. No ano passado, o número de pessoas diagnosticadas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², alcançou 863.086. Em 2019, esse número era de 407.589, o que correspondia a 3,14% da população monitorada. Em 2022, o número subiu para 863.083, representando 4,07% da população e um aumento de 29,6% em apenas 4 anos. Esses dados destacam a importância do combate à obesidade entre adultos e crianças.
Em 2035, estima-se que 41% da população brasileira será obesa. O Brasil ocupa a 67ª posição no ranking dos países mais preparados para lidar com o aumento da obesidade e doenças não transmissíveis com a Suíça, Noruega e Finlândia liderando o ranking. Se medidas efetivas não forem tomadas agora, haverá um aumento significativo na prevalência da obesidade na próxima década, especialmente em países de renda baixa e média baixa, onde os recursos são escassos e a falta de preparação podem levar a consequências ainda mais graves para a saúde pública.
É fundamental que políticas públicas de saúde sejam implementadas para prevenir e tratar a obesidade, promovendo hábitos saudáveis de alimentação e atividade física, além de fornecer acesso a tratamentos eficazes e acessíveis para aqueles que já sofrem com essa condição. Caso contrário, a obesidade pode se tornar uma epidemia cada vez mais grave, afetando a qualidade de vida das pessoas e sobrecarregando o sistema de saúde com doenças relacionadas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
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