Fazer o recrutamento de pacientes e voluntários para a pesquisa clínica nunca foi uma tarefa simples ou fácil. Há muito se discute a possibilidade de pagar participantes para estimular seus interesses, no entanto, a análise no assunto precisa ser mais profunda do que isso.
Para além de incentivar a partir de um ganho monetário, compartilhar e se informar sobre o que realmente significa um estudo clínico na vida do participante pode ser mais efetivo do que a ideia acima. Hoje em dia, muitos ainda desconhecem e sustentam mitos sob os estudos clínicos há muito desvendados.
Além disso, mesmo quebrando as barreiras do preconceito, precisamos entender que participar de um estudo clínico requer uma rotina mais regrada com acompanhamento e observação contínua de um indivíduo que provavelmente estará preocupada também em cuidar de sua vida pessoal e profissional.
No entanto, ao mesmo tempo, estudos clínicos não existem sem pessoas dispostas e capazes de dedicar seu tempo e confiança aos profissionais envolvidos na pesquisa.
E como resolver esse impasse?
Não é segredo que é preciso cada vez mais diversificar a população participante de pesquisas clínicas. Heterogeneidade é um dos principais aspectos quando pensamos no sucesso de muitos estudos ativos diariamente, e isso significa um maior alcance em populações que normalmente não possuem acesso a esses tratamentos ou qualquer outro da rede privada.
Para isso, muitos defendem que a monetização da participação seja a opção mais viável. Será mesmo?
Oferecer esse tipo de incentivo financeiro pode representar uma série de problemas consequentes, já que diversas organizações criminosas pelo mundo poderiam encontrar nesta realidade uma forma de empreender a partir de banco de dados e distorção de resultados clínicos em benefício próprio ou de terceiros. Além disso, a prática vai contra o coração de parte daquilo que representa a área: o desenvolvimento da medicina e a procura por mais qualidade de vida.
É claro que pagar as despesas de participantes com relação a viagem, alimentação e outros aspectos que envolvem a rotina do voluntário continua sendo muito importante. Afinal, este indivíduo está investindo tempo e muito esforço para fazer parte deste processo e merece ser tratado de maneira integral e personalizada.
Um novo caminho para a pesquisa clínica
Na verdade, existem soluções que podem ir além do pagamento de participantes. É claro que isso representa uma longa jornada e um processo lento que precisa ser desenvolvido diariamente. No entanto, os resultados podem dar cada vez mais visibilidade para a pesquisa clínica e abrir os olhos de muitas pessoas que ainda não enxergam os benefícios do setor na promoção de qualidade de vida e saúde.
Precisamos cada vez mais modernizar processos e desenvolver projetos inovadores na área. Muito já se fez neste sentido e continua sendo feito nos dias de hoje.
Patrocinadores e centros de pesquisa se esforçam para cada vez mais eliminar problemas logísticos que limitam estudos apenas para certas regiões e a tecnologia é uma grande aliada. É o caso de pesquisas descentralizadas com uso de telesaúde, além de dispositivos ou aplicativos médicos domiciliares que podem ajudar a atender os pacientes onde eles estiverem.
De forma geral, melhorar a experiência dos voluntários é o caminho certo a se seguir.
O CEMEC está conduzindo uma série de pesquisas clínicas para auxiliar no tratamento de diversas doenças e na melhora da qualidade de vida das pessoas. Quer saber mais e participar? É só clicar aqui e preencher o formulário!
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