A Oncologia lidera o foco em pesquisas clínicas no mundo. Os dados são do Citeline, base global de estudos clínicos, que mostra que a área terapêutica, ao lado de doenças infecciosas – que por influência da pandemia subiu da 4ª posição em 2016 para a 2ª posição em 2021 – representa 40% de todos os estudos clínicos iniciados no último ano.
Dos 3.791 estudos clínicos iniciados em 2021 na área de Oncologia, o Brasil participou de 74, ou seja, 2,0% do total global. É um número tímido ainda e que precisa ser melhor trabalhado para que a pesquisa clínica seja um importante agente da saúde pública no tratamento da doença.
O que explica o grande número de pesquisas em torna da área de oncologia é justamente a urgência por novas terapias e medicamentos para uma doença tão complexa e que apresenta diversos tipos de incidência. Um estudo recente da Varian Medical Systems apontou que o Brasil deve ter o aumento de 42% nos casos de câncer entre 2021 e 2030.
Na América Latina, a previsão é de aumento 67% nos casos da doença. O mesmo estudo mostra que o Brasil tem capacidade para se tornar um modelo na região dentro do tratamento da doença, porém ainda enfrenta problemas para criar um ambiente de atendimento oncológico ideal.
Centros de pesquisas são ainda mais necessários para trazer tratamentos de qualidade para pacientes com doenças mais sérias, como o câncer. Pacientes oncológicos têm acesso a terapias inovadoras, e que muitas vezes são opções aos tratamentos convencionais que não apresentaram o avanço necessário em seu tratamento.
CEMEC, Oncologia e a Pesquisa Clínica
Desde outubro de 2019, o CEMEC vem realizando um trabalho complementar na realização de estudos clínicos com mais eficiência e qualidade. Tudo isso através da implantação e estruturação do centro de pesquisa com toda infraestrutura, hospital, laboratório e equipe de suporte necessária para condução dos projetos clínicos.
Localizado em Belém do Pará, o projeto é um importante exemplo de como a pesquisa clínica pode e deve gerar diversidade em uma região que apresenta alta diversidade cultural, étnica e climática. A Região Norte, por exemplo, seguindo as informações do INCA, chama a atenção pela incidência dos cânceres do colo do útero e estômago, sendo a única do país na qual as taxas dos cânceres de mama e do colo do útero se equivalem entre as mulheres.
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