Mesmo com diversas condições propícias que apontariam o Brasil na direção do protagonismo global, o país ainda enfrenta dificuldades para melhorar o seu desempenho na participação de estudos clínicos. Apesar de ter subido cinco posições em relação ao ano passado, estima-se que o Brasil tenha potencial para passar para a 10ª posição no ranking mundial de pesquisa clínica de acordo com um estudo da Interfarma.
O estudo aponta que globalmente na última década quase 12 mil estudos clínicos foram iniciados ao ano. No Brasil, a média anual ficou em 284 pesquisas clínicas. O Brasil possui diversas características que poderiam transformá-lo em uma referência no campo da Pesquisa Clínica. A diversidade étnica, sua relevância demográfica e a qualidade dos profissionais do sistema de saúde, além do custo inferior para realizar estudos, são aspectos que dão ao país um caminho, que se trilhado da maneira correta só trará benefícios.
Hoje, estamos atrás de países que possuem um PIB muito inferior ao nosso e longes de potências como o Estados Unidos, onde o custo médio por estudo é praticamente o dobro do que em território brasileiro.
E se o Brasil atingisse seu potencial na pesquisa clínica?
Mais tratamentos
Uma melhora no cenário atual faria com que mais pessoas tivessem acesso a tratamentos que, na maioria das vezes, só estão disponíveis para os voluntários de estudos clínicos. Eles podem representar uma opção mais moderna e que oferece uma maior qualidade de vida para os pacientes.
Maior investimento
A indústria da pesquisa clínica, composta por interessados de diversas áreas como a da farmacêutica, passaria a investir mais em pesquisas no Brasil. Isso significa um ganho significativo para a economia, que poderia chegar em até R$2 bilhões ao ano de acordo com um levantamento feito pela Interfarma.
Produção científica em alta
É quase como um círculo virtuoso. A Pesquisa Clínica promove a inovação e isso faz com que os especialistas envolvidos tenham acesso à novos tratamentos e tecnologias, o que só tende a ser vantajoso seja para o paciente e para o profissional.
Instituições de saúde consequentemente vão ter mais verba para investir em melhores serviços e oferecer atrativos para pesquisadores qualificados permanecerem no Brasil e não concentrarem os seus esforços em outros países.
Qual o papel do CEMEC neste cenário?
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