A pandemia provocada pela Covid-19 acelerou ainda mais a digitalização do nosso dia-a-dia. Ao mesmo tempo que isso trouxe problemas em algumas esferas da sociedade, na área da saúde isso pode significar um avanço no que diz respeito à obtenção de dados disponíveis nas mais diversas fontes: prontuários eletrônicos, contas médicas e até em novas tecnologias que envolve wearables inteligentes que captam dados clínicos do paciente.
Esse banco de dados formado tanto de maneira orgânica como direcionada podem ter um impacto positivo nas evoluções, criações e decisões tomadas no âmbito da saúde – claro, com as devidas permissões e definições específicas de cada área seja legal, científica ou médica.
O que são os dados do mundo real?
Quando falamos de dados do mundo real, o foco está voltado para informações coletadas em ambientes não convencionais de ambientes controlados. Eles podem ser estudos epidemiológicos antigos, mas hoje em dia suas fontes aumentam a cada dia que passa como é o caso de aplicativos terapêuticos – seja aqueles que controlam o sono ou a sua perda de peso e dieta – e também os wearables com smartwatches que conseguem medir os batimentos cardíacos.
Hoje em dia, na pesquisa clínica em diversas partes do mundo, por exemplo, relógios, smartphones, tablets e aplicativos móveis formam uma parte central da tecnologia de teste virtual. Os aplicativos são usados em toda a cadeia de valor da pesquisa clínica, como recrutamento e inscrição de pacientes, eConsent, coleta de eCOA e dados de dispositivos conectados, comunicação e engajamento de pacientes, micro reembolsos, facilitando visitas de telemedicina com investigadores.
Essas novas fontes de captação de banco de dados também se somam as mais tradicionais e já praticadas há muito tempo como é o caso de estudos gerais de mercado e dados hospitalares.
Novos medicamentos, mais ciência envolvida
Com esses dados do mundo real, é possível cada vez mais trabalharmos em busca de terapias mais assertivas para grupos de pacientes específicos. Submeter esses dados coletados a novas pesquisas e metodologias pode ser um caminho de sucesso para inovação e para a saúde como um todo no tratamento de doenças crônicas.
O CEMEC e a pesquisa clínica
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